Hoje de manhã, quando o elenco do Paysandu voltar aos treinos, ele será recepcionado pelo novo técnico, em substituição a Vica. Novo? Em Belém desde as primeiras horas de ontem, Mazola Júnior reassume o comando o Paysandu de onde não deveria ter saído não fossem assuntos pessoais. Mesmo sem ter vencido a Copa Verde e o Campeonato Paraense, o treinador vivia uma quase inédita boa relação com diretoria e torcida, se levado em consideração como funciona o futebol nacional. Quase três meses depois e quatro rodadas da Série C do Campeonato Brasileiro, ele é mais uma vez o comandante bicolor.
Mazola se mostrou otimista e confiante quanto a uma recuperação do Paysandu na competição nacional, inclusive brigando por uma das quatro vagas do Grupo A para a segunda fase, o mata-mata que decide o acesso para a Série B. A vitória sobre o Coritiba-PR, anteontem pela Copa do Brasil, mesmo insuficiente para manter-se na disputa, pode servir como um estimulante para o time paraense. Ontem, ainda sem ser apresentado oficialmente, Mazola falou na rádio Liberal CBN e no Globo Esporte, da TV Liberal. Abaixo, alguns dos principais tópicos citados por ele.
Vitória sobre o Coxa
“Muito importante. Aproveito para dar os parabéns para o grupo que esteve lá (em Marabá). Uma vitória que infelizmente não classificou o Papão, mas vem galvanizar o grupo. Um novo astral, um novo ambiente, e a gente espera usufruir desse resultado já na segunda-feira contra o CRB-AL. Apesar de ter sido eliminado, saiu para um time da Série A. E foi eliminado ganhando o jogo, com diferença de um gol. Então é motivo sim de levantar essa equipe, que estava precisando de uma vitória e ela aconteceu. Agora, de nada vai adiantar a vitória de ontem se não ganharmos e segunda-feira. Será importantíssima se ainda pensarmos em classificação. A presença do torcedor será fundamental nesse objetivo.”
Elenco atual
“O grupo é muito mais forte do que aquele que deixei. As opções são maiores e com jogadores mais experientes. A maioria dos contratados já estavam nos planos do Paysandu antes de eu sair. Ter um grupo forte, com condições de lutar pelo acesso, foi um dos motivos que me convenceu a voltar. A colocação do Paysandu não é o que ninguém esperava, mas com certeza o grupo, e eu tenho noção disso, está muito mais qualificado de quando eu daqui saí. Disso eu não tenho dúvida nenhuma, até porque esse é um dos motivos que me fez voltar. O Paysandu contratou o Rômulo, bom atacante, e o Bruno Veiga, que é muito bom jogador. Vamos aguardar, conversar com a diretoria e ver se existe ainda alguma margem de poder de contratação.”
Time do Paysandu
“Acompanhei os jogos com o Crac-GO e com o Águia e já naquelas oportunidades o time merecia a vitória. Tenho informações que o grupo vem numa crescente, agora é vencer na Série C. Se não desse eu não estaria aqui. Ainda continuo com alguns problemas seríssimos em termos familiares, já mais controlados do que quando eu saí daqui, mas ainda continuam. Se eu não sentisse a possibilidade de vir ajudar e conseguir o maior objetivo do clube no ano (o acesso), eu não teria voltado, teria deixado para outro profissional. Eu tenho certeza que nós vamos conseguir a classificação.”
Fiel e o temperamento
“Recebo essa relação (com a torcida) com muita satisfação, além de confirmar o bom trabalho feito. Saí daqui com um ‘até breve’ e nem esperava voltar tão logo, mas não tinha como negar o convite. Quanto ao que falei, minhas atitudes, não me arrependo de nada do que fiz e do que falei. Tenho 49 anos e a vida estabilizada, então não tenho razão de mudar.”
**Fonte JAmazonia
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