segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Nos doces braços da Fiel

Heróis do acesso à Série B do Brasileiro são recebidos com festa pela torcida do Paysandu

Desde as primeiras horas de ontem, o aeroporto Internacional de Belém havia ganhado uma nova cor, além das tradicionais. O azul celeste de um gigante do futebol paraense se fazia presente. Já ao meio-dia, passageiros em escala perguntavam o que estava acontecendo. A movimentação não era normal. A reportagem flagrou uma conversa entre duas mulheres, identificadas como Josy Maria e Rose Campos. “É futebol? O Paysandu ganhou um título?”, disse Josy Souza. “Pelo quantidade de pessoas, acho que sim!”, rebateu Rose.
Não era bem um título, mas tinha um peso igual. A quantidade de pessoas era proporcional à importância do acesso à Série B do Campeonato Brasileiro. Na confusão, a Polícia Militar não conseguiu estimar um número de participantes, que se concentraram em uma praça na Avenida Júlio César. Para evitar qualquer tipo de prejuízo à rotina do aeroporto, a delegação do Papão desceu e, da pista do aeroporto, foi direto para um portão de desembarque já na entrada da estrutura. De lá, um carro atrasado do Corpo de Bombeiros conseguiu apanhar os heróis de, visualmente, três mil pessoas. De acordo com o que a reportagem apurou, o carro de Corpo de Bombeiros acabou sendo improvisado. A ideia era que os jogadores e dirigentes subissem em um carro de trio elétrico, que atrasou, por conta do trânsito intenso na área.
O fato é que o avião do Paysandu chegou por volta de 13h20. Aproximadamente meia hora depois, os jogadores saíram no carro do Corpo de Bombeiros para encarar os enlouquecidos torcedores. O tempo de espera também proporcionou cenas lamentáveis. Portando camisas da torcida organizada Bicolor, facção da terror bicolor, extinta por ação do Ministério Público, algumas pessoas subiram em ônibus e em caçambas e podiam ter provocado uma tragédia desnecessária. 
Quando os jogadores, enfim, apareceram, a torcida festejou e, rapidamente, se dispersou. A ideia era ir aos carros e motos particulares. A maioria prometia participar da carreata. A eles, se juntou vários torcedores que ficaram ao longo da via. A bandeira enrolada no corpo era uma cena proporcionada por Caio Oliveira. Pulando como se tivesse em uma arquibancada, Caio gritava. “O Paysandu tem muita história e tem torcida pra apoiar”. Ninguém duvidava disso. Tanto que alguns torcedores acompanharam o trajeto a pé, outros dançavam. Quando o carro de Corpo de Bombeiros  do Paysandu subiu o elevado da Júlio César, um mar de gente emocionou a pequena Isis Assis. “O Paysandu é maravilhoso. Estou muito feliz e a minha família também”, disse, com lágrimas nos olhos.
**Fonte JAmazonia

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