quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Obrigação de atacar

Papão, que joga mais nos contra-ataques, terá que mudar seu estilo se quiser seguir na Série C

As quartas de finais da Série C, o campeonato deixa de ser classificatório, como na primeira fase, e passa a ser uma disputa em mata-mata, como é na Copa do Brasil, por exemplo. Por isso os bicolores vêm falando constantemente que é outra competição, outra forma de jogar. Mas aí o Papão entra em um conflito. Em suas melhores atuações, o time paraense jogou de forma precavida, se fechando atrás e procurando contra-ataques. Deu certo na maioria das vezes, mas agora a obrigação de ir para cima é do alviazul.
Entre os jogadores, há a ciência de que o time tem que vencer e bem, com uma diferença considerável de gols para garantir uma vantagem confortável na partida de volta, em Juiz de Fora (MG), mas reconhecem que o Papão é um time mais precavido atrás e que vai apenas na boa ao ataque. Se vem dando certo, não tem por que mudar. “A gente evoluiu no momento certo. Quando o grupo foi chamado a dar a resposta. Encontramos a forma de jogar, o grupo se fechou e acredito que o time não vai mudar como vem jogando”, confirmou o atacante Bruno Veiga.
“Um dos nossos pontos fortes nesse segundo turno da competição foi a marcação. Nos igualamos perante os outros e, nosso ataque que sempre fez gols, manteve o nível. Está dando certo e o Mazola sabe disso, por isso temos trabalhado bastante na marcação. Se está dando certo, temos que manter a pegada. A gente se fechou, escutamos as críticas e soubemos assimilar bem. Nos classificamos dessa forma, marcando forte e saindo em velocidade. Se está dando certo, esse é o caminho e não tem por que mudar”, comentou o meia Marcos Paraná, que mostra confiança de que o pessoal da frente pode resolver. “Temos jogadores fortes na finalização e são rápidos, então temos que aproveitar essas características deles.”
O meio-campista ressalta a experiência em momentos como esse pode ser fundamental nessa decisão. “Tenho quatro acessos em minha carreira e sei como lidar nessa hora. Não podemos perder o foco, mas temos que manter a mesma forma de atuar. Quem é de brincadeira tem que continuar assim, quem é mais fechado, na dele, também. Não tem receita, mas ter experiência é importante”, completou Paraná.
Para o atacante Ruan, a escalação ainda é um mistério, mas seja qual a forma que o Paysandu jogar a ordem é conseguir os três pontos a qualquer custo. “Não sei como vai ser a escalação. O que posso falar é da vontade do grupo e que todos vão se doar. O importante é que a gente se imponha, aproveite a torcida ao nosso lado, independente de como vamos jogar. Mas, se vem dando certo, podemos continuar assim”. O meia Djalma concorda que se está dando certo, não há motivos para mudanças. “Temos que manter a forma de jogar. O Mazola é inteligente e sempre pede que a gente marque forte, saiamos no contra-ataque. Temos que manter a posse de bola e sair na hora certa.”
**Fonte JAmazonia

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