Na Curuzu, o Paysandu tem a chance de quebrar jejum de um mês sem vencer e ainda fazer as pazes com a torcida
A última vitória do Paysandu, o triunfo de 9 a 0 contra o São Francisco, completa hoje um mês. Desde então, foram quatro jogos, três derrotas e um empate. O aproveitamento ruim da equipe coloca em xeque o trabalho dos bicolores, principalmente, o do treinador Dado Cavalcanti. A margem de erro está curtíssima. Lidando com a pressão, o Papão volta a campo hoje para encarar o ABC-RN pela segunda fase da Copa do Brasil, no jogo de ida. A competição não é tratada com prioridade pelos lados da Curuzu, mas o desejo de vitória é proporcional à seca por resultados positivos.
Aparentemente, no entanto, a partida será difícil. Por vários fatores. O primeiro é histórico. Levantamento feito pelo site Globoesporte.com mostra que Paysandu e ABC se enfrentaram 14 vezes, com cinco vitórias para cada lado e quatro empates. Equilíbrio é a tônica do confronto. O segundo fator é que as equipes têm o mesmo padrão: são montadas para a Segunda Divisão do Brasileirão. O terceiro é que os dois clubes vêm de derrota e o desejo de recuperação é inevitável nos dois lados do campo.
O desafio bicolor, porém, é maior, se considerarmos o excesso de indefinições da equipe de Dado Cavalcanti. A poucas horas da partida, o treinador reconheceu que há vários problemas para escalar a equipe. O déficit físico de Fahel e Rogerinho gera dúvidas sobre a viabilidade da escalação de ambos. Fahel não aguentou jogar em alto nível por sequer 30 minutos no jogo contra o Botafogo, sentindo um cansaço visível. Já Rogerinho sentiu dores na última partida - não foi identificada nenhuma lesão e ele acabou relacionado para o jogo de logo mais. Ontem, o meia treinou apenas fisicamente. Quem foi cortado da delegação foi Augusto Recife, com dores musculares.
No mais, a esperança bicolor é que a primeira impressão sobre o sistema defensivo se estabeleça. Gualberto e Thiago Martins voltam a atuar juntos e ambos têm a meta de contribuir decisivamente para um bom jogo do Paysandu, dessa vez, com resultado positivo, ao contrário do embate diante do Botafogo.
Já o ABC também joga pressionado. A queda para o Oeste-SP, na estreia da Série B, trouxe declarações fortes da comissão técnica, questionando a falta de regularidade da equipe e a não categoria para fazer os gols. Se o Paysandu e o ABC vivem momentos semelhantes, o desejo dos bicolores é deixar o bardo da crise para os representantes de Rio Grande do Norte. Resta saber se o Paysandu terá condições de eliminar o tabu, que faz aniversário de um mês, sem saber o gosto de uma vitória.
**Fonte JAmazonia
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