Desgaste vira adversário

Com maratona de jogos, Papão tenta descansar antes de pegar o Fluminense pela Copa do Brasil

Em Belém desde as primeiras horas de segunda-feira, o elenco do Paysandu já se reapresentou ontem à tarde para o início da preparação para o confronto de volta com o Fluminense-RJ pela Copa do Brasil. Quarta-Feira, os dois times voltam a se enfrentar para decidir a vaga para a fase de quartas de finais da competição. O Papão vai tentar reverter a vantagem conquistada pelo clube carioca no jogo de ida, 2 a 1 para o Fluzão. Mais uma vez, o técnico Cavalcanti terá os sete desfalques dos jogadores que já defenderam outras equipes no torneio nacional: o goleiro Marcão, o zagueiro Fernando Lombardi, o volante Gilson, os meias Valdívia e Edinho e os atacantes Welinton Júnior e Everaldo, este último lesionado. Em contrapartida, terá a presença do volante Fahel, ausente no Maracanã cumprindo suspensão automática. Mas, mais do que ausência e tão difícil quanto o adversário, os bicolores terão que superar o desgaste físico.

As duas partidas na Cidade Maravilhosa, contando com a vitória de anteontem sobre o Botafogo-RJ, pela Copa do Brasil, foram em ritmos mais fortes do que normalmente têm sido. Nos minutos finais do jogo no estádio Nilton Santos, o que mais se via do lado alviazul eram jogadores reclamando de câimbras. “Vários jogadores sentiram câimbras. Todos os jogadores sentiram o desgaste e se superaram”, comentou o técnico Dado Cavalcanti. “Contra o Fluminense fomos melhores, por exemplo, mas isso era esperado pelo desgaste entre um jogo e outro. A maioria dos jogadores sentiu, ainda assim tivemos a competência de chegar à vitória e segurar o resultado, sem levar gols no final”, completou o treinador, citando o problema recente do Papão de levar gols nos minutos finais dos jogos.

Contra o Fluzão, depois de amanhã, é importante não levar nenhum gol. O placar de 1 a 0 classifica o Papão por causa do gol fora de casa. Qualquer empate beneficia o Tricolor, que também leva a vaga até se perder por 3 a 2, 4 a 3, em diante. Se o Paysandu vencer por dois ou mais gols de diferença, vai para as quartas. Um novo placar de 2 a 1, dessa vez para o representante paraense, e a decisão vai para as penalidades.

Dado sabe que nessa quarta-feira o Paysandu terá que fazer mais do que foi feito nesses dois jogos, quando a equipe saiu-se muito bem, até surpreendendo. Diante do quarto colocado da Série A, a superação terá que falar mais alto. “Contra o Botafogo o time teve uma atuação convincente, mas eles foram melhores. Nós jogamos de acordo com a música. Sabíamos que eles viriam pra cima, que nós sofreríamos mais a parte física. A proposta foi essa, de sair na boa, evitando o desgaste. Fomos competentes ao mostrar qualidade técnica, individual e coletiva. Os jogadores foram guerreiros e chegamos a um resultado brilhante, uma vitória com a cara do Paysandu. Agora, temos que fazer mais diante do Fluminense”, finalizou o treinador.

**Fonte JAmazonia