terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Tudo num céu alviazul

Com excelente aproveitamento, Paysandu faz até agora a campanha dos sonhos da torcida no Parazão

O Paysandu avançou à semifinal da taça Estado do Pará, primeiro turno do Campeonato Paraense, no domingo (21), afastando a lembrança do último ano, quando foi eliminado ainda na fase classificatória. O que isso tem a ver com o atual momento? É que foi no tropeço do Parazão do ano passado que o técnico Dado Cavalcanti chegou a Belém, substituindo o então treinador Sidney Moraes. O Papão não conseguiu o título estadual, tampouco o da Copa Verde. Mas Dado permaneceu no time bicolor para conduzir uma campanha que surpreendeu o torcedor do Papão, ficando próximo da classificação à Série A do Brasileiro. Este ano, por outro lado, o Papão empolgou a torcida com a melhor campanha da primeira fase, apresentando um time com padrão tático – e resultados. O que tem para o Papão?
Ontem foi dia de folga para a equipe. Já na manhã de hoje, o Paysandu volta às atividades, com treino programado para o estádio da Curuzu. É a retomada de um roteiro vencedor: as quatro primeiras partidas da equipe bicolor na temporada tiveram o que o torcedor quer. Com algumas semanas de trabalho, Dado Cavalcanti conduziu as atividades básicas: preparação física, seguida por atividades técnicas e táticas. A primeira partida, no início da temporada, foi como um exercício, um jogo-treino, não fosse a necessidade latente da vitória. E o time conseguiu isso diante de sua torcida, no estádio da Curuzu, contra o Paragominas, vencendo por 3 a 0. Do vestiário, Dado Cavalcanti apontou os erros do time. Lembrou que o entrosamento vem com o tempo. Mas parabenizou a equipe pelo afinco em introduzir o novo conceito de jogo, com maior volume pelo meio-campo, já que, este ano, sem laterais com características ofensivas.
Três dias depois, outra história. Na segunda rodada, desta vez fora de casa, contra o Independente, o time fez sua pior apresentação. No estádio do Navegantão, em Tucuruí, no sudeste do Estado, os passes errados chatearam o torcedor, além da falta de entrosamento que ficou clara na partida. O time parecia distante de uma formação sólida. A comissão técnica listou os erros, mas atribuiu boa parte deles à viagem desgastante, ao tamanho do campo – o maior do campeonato – e ao curto espaço de tempo entre as partidas. Ainda assim, o que seria o mais custoso embate da primeira fase estava superado. O Papão vencera por 1 a 0, com um gol salvador do lateral Crystian. A semana foi de ajustes.
Ajustes que vieram. Nos treinos do campo do Kaza, a bola aérea se tornou uma meta. No estádio da Curuzu, a tradicional atividade “ataque contra defesa” foi exercitada repetidamente. Com duas vitórias e os resultados pouco efetivos dos adversários, o Paysandu estava na pertinho de conseguir a classificação antecipada na rodada seguinte, contra o São Raimundo, no Colosso do Tapajós, em Santarém. Passes regulados, boas triangulações, jogadas em velocidade, cruzamentos na medida. O entrosamento emergiu no toque de bola criativo do Papão no meio-campo, foco e meta de Dado Cavalcanti. A vitória por 5 a 2 convenceu a todos: torcida, comissão técnica e a própria equipe. O Papão estava na semifinal e havia feito sua melhor partida.
Veio, então, a última rodada: uma prestação de contas da equipe à Fiel, dentro da Curuzu, contra um Tapajós sem chances de classificação. Era proibido perder. O Papão não descumpriu a regra, mostrou novamente uma boa troca de passes – não tão boa quanto no jogo anterior –, mas puxou do cós da calça a tão prometida “bola parada que ganha jogo”, como repetia Dado Cavalcanti e seus comandados nos treinamentos.
**Fonte JAmazonia

Um comentário:

  1. É incrível como esse jornal Amazônia faz questão de lembrar em quase todas as suas matérias sobre o Paysandu, "da eliminação na fase classificatória, do tropeço do Parazão, que não conseguiu o título estadual e tampouco o da Copa Verde", faz questão de falar dos "erros do time", da "chateação do torcedor", e por aí vai... As mesmas matérias deste jornal sobre aquele time do outro lado da avenida não cita nenhuma vez sequer o vexame em Cuiabá, que ganhou o prêmio Trivella!... e por aí vai... Incrível mas sem dúvida essa de Belém do Pará é a mídia oficial mais tendenciosa do Brasil! Cargas d´água!

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