quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Andrade já sabe o que precisa melhorar no Paysandu


Há cinco dias no comando técnico do Paysandu, aos poucos Andrade vai conhecendo melhor o grupo de jogadores, embora o curto período de trabalho ainda não seja o suficiente para ele saber as características individuais de cada atleta. Mas, ao olhar para o conjunto alviceleste, o treinador detectou o maior problema da equipe: a finalização.
Andrade explica que nos quesitos aplicação tática, construção e criação das jogadas o Papão está bem, mas, na hora de concluir os lances, falta mais precisão. “Estou satisfeito, mas precisamos trabalhar mais as finalizações, nós não podemos perder tantos gols como no treino. Deu para perceber que nosso grande pecado é a finalização. Ou demora demais ou procura a opção errada. Para corrigir isso só com muito trabalho, porque no jogo isso faz muita falta”, observa o treinador.
O lateral-esquerdo Fábio Gaúcho lembra que no último domingo (23) o time realizou um treino de ataque contra defesa, onde o mesmo erro detectado pelo técnico foi exposto pelos jogadores. “No último toque falta acertar. Não sei se é a ansiedade, medo de errar, não sei o que está acontecendo. A gente até comentou que estamos chutando pouco. Eu mesmo, que sempre arrisco de longe, estou chutando menos, mas as coisas vão se ajeitar”, acredita, seguido pelo zagueiro Márcio Santos. “Já conversamos bastante sobre isso. Nossa equipe toca bem, chega bem lá na frente, mas temos pecado nas finalizações. Isso a gente só resolve com trabalho”, complementa.
Por conta da má pontaria e/ou da falta de objetividade, o Paysandu passou em branco nas duas últimas partidas que o time disputou, as duas contra o CRB (AL). Na primeira, derrota por 3 a 0, fora de casa; na segunda, o Papão perdeu outra vez, no Mangueirão, por 1 a 0.
Uma nova forma de comandar
Desde a época em que atuava como jogador, na posição de volante, Andrade era destaque por conta da tranquilidade e do jeito pacífico, que sempre foram algumas das principais marcas do ex-jogador e atualmente técnico do Paysandu. À beira do gramado, o treinador ainda não dirigiu nenhuma partida sob o comando do time alviceleste, contudo, segundo os jogadores, a julgar pelo que eles veem nos treinos, Andrade consegue cobrar e trabalhar sem precisar de muita exaltação.
O comportamento do atual técnico é uma novidade para o grupo, que antes estava acostumado com a explosão de Edson Gaúcho, principal causador da demissão do antigo comandante. “O Andrade tem um jeito mais calmo. Ele deixa rolar mais o coletivo, acerta um pouquinho mais a bola parada e o Gaúcho tinha um jeito um pouco mais explosivo”, diferencia o lateral-esquerdo Fábio Gaúcho.
Mas se no banco de reservas o perfil de quem dirige o time é outro, nas quatro linhas a equipe garante ser praticamente a mesma. “São filosofias diferentes, mas dentro de campo não tem muita diferença. O Andrade vai ter mais tempo para trabalhar e, se Deus quiser, as coisas vão ficar do jeito que ele quer”, completa Fábio.

**Fonte Diário do Pará

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