segunda-feira, 17 de outubro de 2011

A crise já é uma realidade na Curuzu


A derrota para o CRB (AL) e, principalmente, os problemas ocorridos entre o técnico Edson Gaúcho e alguns jogadores do Paysandu podem causar a demissão do treinador e de outros três atletas: o zagueiro Vagner e os volantes Rodrigo Pontes e Sandro Goiano. A diretoria bicolor deve se manifestar ainda hoje sobre o caso.

Ontem, logo depois da partida, o presidente Luiz Omar Pinheiro disse que até aquele momento Edson Gaúcho continuaria no comando da equipe, mas não informou se pretende continuar com o treinador até o final do Campeonato Brasileiro da série C. “Essa situação ficou delicada demais e alguma coisa tem de ser feita. Eu não posso dizer a vocês o que eu vou fazer agora porque eu não tenho condições de fazer isso nesse momento. Qualquer coisa que eu dissesse seria inoportuno, precipitado, acima de tudo”, explicou Pinheiro.

Ainda ontem à noite, Luiz Omar e os integrantes da diretoria se reuniram para discutir o que será decidido. Antes do encontro, o presidente garantiu que a direção do clube irá agir. “Agora eu tenho é que relaxar, conversar com a minha diretoria com bastante calma e depois tomar as decisões que devem ser tomadas. E com certeza absoluta vai haver novidade. Em toda reta final acontecem coisas assim aqui no Paysandu, mas dessa vez estou de olho”, disse.
As diversas cenas de um filme repetitivo e sem graça

Os problemas semelhantes aos dos dois últimos anos do Paysandu na reta final da Série C voltaram à Curuzu, mais uma vez na fase decisiva. Desentendimento entre jogadores e técnico, divisão errada de ‘bicho’ e fofocas atrapalham o Papão justamente no momento mais importante para o clube no ano.

A semana tumultuada começou na terça-feira (11), quando o volante Sandro Goiano e o zagueiro Vagner chegaram atrasados ao treino, segundo o técnico Edson Gaúcho, embora o defensor tenha desmentido o treinador. Antes do jogo de ontem, em entrevista concedida ao repórter Dinho Menezes, da Rádio Clube, Gaúcho criticou os atletas. “Se não tiver satisfeito é a coisa mais simples do mundo: pede para ir embora, entendeu? O problema foi com o Sandro que chegou atrasado e achou que estava certo. Achar é uma coisa, ter certeza é outra. E com o Vagner, que não está satisfeito. Se não está satisfeito, se não quer ficar no clube, é um problema dele”. Vagner, por outro lado, se defendeu. “Eu não cheguei atrasado. Fui afastado sem ter feito nada”.

Para Gaúcho, os imbróglios extra campo contribuíram para o resultado negativo diante do CRB (AL). “Não tínhamos problema nenhum, não é? Quando as pessoas começam a arrumar problema dentro do próprio grupo aí realmente as coisas ficam ruim. O Paysandu não sobe porque na hora de decidir, quando estava tudo tranquilo, começou essa palhaçada. E agora eles que resolvam essa palhaçada deles”, culpou.

Segundo o presidente Luiz Omar Pinheiro, no início da semana passada, uma premiação foi paga ao grupo pela vitória sobre o Rio Branco (AC), fora de casa. O mandatário do clube acredita que a divisão do dinheiro entre atletas e comissão técnica também pode ter gerado confusão. Ainda de acordo com Luiz Omar, os jogadores responsáveis pela divisão do “bicho” foram o volante Rodrigo Pontes, o goleiro Alexandre Fávaro, o meia Juliano e os zagueiros Márcio Santos e Leandro Camilo. 

**Fonte Diário do Pará

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