Único volante de ofício que vem jogando no Paysandu, já que Sandro tem atuado muito mais pelo poder de armação que tem do que pela pegada na marcação, o mesmo valendo para seu substituto, Juliano, Daniel tem surpreendido muitos dos torcedores pela desenvoltura que entrou na equipe titular. Mesmo sendo um dos últimos a ser contratado, ele soube aproveitar a chance quando teve que assumir a cabeça-de-área após as suspensões de Charles Vagner e Rodrigo Pontes no jogo contra o Araguaína-TO. Desde então, não teve a posição sequer cogitada por ninguém e virou o carregador de piano bicolor.
Fazendo jus à fama dos mineiros que preferem ficar quietos a falar demais, o jogador natural de Oliveira (MG) é econômico nas palavras. Quando perguntado se hoje vive o melhor momento em sua carreira, garante que teve outros momentos tão bons e credita à qualidade técnica do elenco a facilidade que teve para se encaixar na equipe.
"É um dos melhores momentos. Estou fazendo um grande trabalho e fui beneficiado por esse crescimento da torcida. Agora é manter essa pegada", disse. "Quando o grupo tem qualidade fica mais fácil de se entrosar. Foi isso que aconteceu comigo", completou Daniel.
Para o volante, mesmo que Sandro não seja liberado para a partida (ver matéria) a equipe não deve sentir tanto. Ao mesmo tempo em que reconhece a qualidade do capitão, ele lembra que a equipe conseguiu uma excelente atuação em Rio Branco (AC) mesmo com essa ausência. "O grupo é forte e tem grandes jogadores. Se um não pode outro faz a função. O Juliano recuou e fez muito bem aquela função, sem deixar o time sentir uma grande ausência como a do Sandro."
Segundo Daniel, o importante é fazer como o treinador tem orientado e manter a forma como a equipe tem jogado. "A melhor forma é essa que estamos jogando, igual dentro ou fora de casa. Esperar para sair nos contra-ataques é perigoso. Fomos bem em Rio Branco (AC) e temos que continuar assim."
A comemoração que tem caracterizado a torcida não se estende ao elenco, garante o meio-campista. Segundo ele, os jogadores estão blindados para qualquer oba-oba. "Queremos deixar bem claro para a torcida que ela faz a festa, nós não. Demos um grande passo, mas ainda não chegamos ao nosso objetivo. O grupo está focado nesse jogo. Ainda estamos longe do nosso objetivo e não conseguimos nada. Os jogadores sabem como será complicado diante do CRB."
**Fonte JAmazonia
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