Um dos mais experientes do elenco e também que mais têm história em times de ponta do futebol nacional, o volante Vânderson vive uma situação inusitada no Paysandu. Às voltas com problemas de salários atrasados, ele passou a ser titular depois de retornar ao clube após uma dispensa que não ficou bem explicada. Ele admite que no meio do ano, quando foi mandado embora, pensou em nunca mais voltar ao clube que o projetou, mas que deixou isso no passado.
"Fiquei triste na época em que fui dispensando. Fui pego de surpresa e disse a mim mesmo que nunca mais vestiria a camisa do Paysandu. Mas foi um momento de raiva e tristeza. Hoje estou aqui sem mágoa de ninguém e com prazer em defender o Paysandu", confirmou Vânderson, que vê sua presença na equipe de cima como fruto da obstinação em busca dessa chance. "Encaro isso com tranquilidade. Sempre trabalhei em busca da minha oportunidade. Agora espero permanecer no time e poder ajudar".
O meio-campista revela que os treinos desde quinta-feira ganharam uma motivação a mais com a divulgação da tabela dos jogos que restavam no Grupo E. Segundo ele, o fim daquela indefinição renovou o ânimo. "Muda o astral. Até semana passada vivíamos uma indefinição sobre quando jogar e quando receber. Felizmente já sabemos dos jogos e isso é bom. Muda a perspectiva dos treinos do dia a dia."
Sobre as chances do Paysandu, Vânderson sabe que o futuro do Papão quanto ao acesso está nas mãos - e nos pés - deles mesmos, dos jogadores. Para ele, o momento requer entrega total para que algo melhor seja colhido no futuro. "Temos conversado, sim, principalmente os mais experientes. Depende apenas da gente. Está difícil, é claro, essa derrota para o CRB não estava em nossos planos, mas podemos correr atrás dessa recuperação", disse. "Os maiores culpados somos nós. Felizmente ninguém está acomodado ou sacaneando.
Todo mundo está trabalhando sério e com raiva dessa situação. Eu gosto dessa responsabilidade. Dou a cara a bater porque não estou brincando. Não só eu como todos aqui estão em busca desse sonho, que é o acesso."
**Fonte JAmazonia
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