Recontratado em 2010 com a missão de comandar o Paysandu ao retorno à Série B do Campeonato Brasileiro, o volante Sandro é um ídolo do time bicolor que conquistou o coração do torcedor praticando um belíssimo futebol, que atrela garra e técnica, no período áureo do clube, em 2002 e 2003.
Entretanto, nos dois últimos anos, Sandro vem demonstrando uma liderança ingrata dentro nos bastidores do Paysandu. Sempre que aparece algum problema envolvendo cobrança de salários ou de premiações, Sandro tem o seu nome incluso no meio e, desta forma, prejudicando o time dentro de campo.
Em 2010, na semana de preparação para o jogo que recolocaria o Paysandu na Série B do Brasileirão, segundo fontes, Sandro reuniu-se com o presidente bicolor, Luiz Omar Pinheiro, para negociar a premiação que o clube pagaria aos jogadores caso conseguissem o acesso. Só que Luiz Omar não entrou em acordo com o volante. Na partida de volta, na Curuzu, o time do técnico Charles Guerreiro jogou de forma apática e foi derrotado por 3 a 2 pelo Salgueiro (PE).
Neste ano, com atores diferentes, o enredo foi semelhante. Em mais um momento decisivo para o Paysandu, Sandro tem o seu nome envolvido em perturbações internas contra Edson Gaúcho, acarretando a demissão do técnico. Mas esses sucessivos problemas no Paysandu, principalmente na reta final da Série C, não estão agradando a torcida bicolor, que até agora não entende como é que um time joga três partidas formidáveis – contra Araguaína, América e Rio Branco – e depois atua de forma vergonhosa nas duas seguintes.
Para o professor e torcedor bicolor Alan Quadros, 24, toda essa confusão no Paysandu demonstra que a diretoria está refém de um jogador e quem acaba pagando por isso é o torcedor. “O torcedor acredita num escudo, num grupo e não tem resposta para nada”.
Segundo Alan, todos esses boatos envolvendo Sandro arranham um pouco a imagem do ídolo bicolor, afirmando que, se tudo for verdade, a diretoria já deveria ter colocado um basta nisso tudo. “Vira e mexe, sai na mídia alguma coisa relacionada ao Sandro. Ou ele está insatisfeito, ou que ele não está feliz, ou que tem que jogar”, disse Alan e completou: “O clube tem que ser maior que todos os jogadores”.
NAS REDES SOCIAIS... A torcida parece ter perdido mesmo a paciência com Sandro e, por meio do Twitter e de blogs, expressou sua mágoa com o veterano jogador, chamando-o, entre outros adjetivos pouco elogiosos, de “desagregador”, “enganador” e “mercenário”.
**Fonte: Diário do Pará
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