segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Bicolores fazem passeata


Pouco mais de 40 pessoas participaram da passeata que durante a semana passada conclamava a torcida bicolor a ir da Curuzu à sede social para protestar contra a administração do presidente Luiz Omar Pinheiro. Com nariz de palhaço, cartazes e faixas creditando ao dirigente a principal culpa pela situação do time, eles caminharam de forma pacífica, sem a presença - pelo menos não oficial - de torcidas organizadas e acompanhados desde o início por batedores da Polícia Militar. Havia quase um PM para cada manifestante.

Na concentração, no lado de fora da Curuzu, chegou-se a cogitar a possibilidade de estender o protesto para a frente do edifício onde reside Luiz Omar Pinheiro, ideia que foi demovida após argumento de alguns dos presentes. Após o protesto, a reportagem tentou entrar em contato com o presidente, mas não conseguiu. Momentos antes, ele havia concedido breve entrevista ao Portal ORM.

Por telefone, Pinheiro lamentou a manifestação, atacando-a bem a seu estilo. "As pessoas que estão fazendo isso são da oposição. Vi meia dúzia de gatos pingados na Curuzu e eles nem devem ter chegado à sede". De fato, às 9 horas, horário marcado para o início da caminhada, esse era o cenário no estádio bicolor. Depois, esse número aumentou consideravelmente. "São um bando de pau mandados que não têm o que fazer. Isso não expressa o sentimento dos cerca de 3 milhões de torcedores do Paysandu", vociferou o presidente.

A passeata, animada por um carrinho de refrigerante e cerveja que a acompanhou do início ao fim, percorreu as avenidas Almirante Barroso e José Malcher, a travessa Doutor Morais até a sede na avenida Nazaré. Sempre de forma ordeira, sem problema algum que não o transtorno ao trânsito. O protesto foi fomentado nas redes sociais, sem uma liderança específica.

Os gritos de ordem eram todos remetentes aos cinco anos de insucessos na Série C do Campeonato Brasileiro. "Não aguentamos mais esse martírio. É tudo culpa do presidente, que deveria renunciar logo", esbravejou um dos manifestantes. O autônomo Leonardo Pantoja, 52, que esperava pelo ônibus na Almirante Barroso, não fez parte do protesto, mas a camisa bicolor e a expressão não deixavam esconder a indignação, mas também aproveitou para espezinhar o vizinho. "Rapaz, é uma vergonha meu Paysandu estar nessa condição, tendo que jogar esse campeonato de Terceira Divisão. Melhor mesmo é o Remo, que está que nem o Pará e não quer saber de divisão nenhuma. Está quase campeão intermunicipal", disse, rindo. Sábado, em Augusto Corrêa, é a vez de o Papão começar a caminhada pelo interior ao enfrentar a seleção local.


**Fonte JAmazonia

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