Um tem a obrigação de evitar gols, o outro de fazer. Ambos passam por excelentes fases e são ídolos da torcida bicolor. Se o goleiro Alexandre Fávaro e o atacante Rafael Oliveira forem felizes depois de amanhã, o Paysandu ficará numa situação muito boa na busca pelo acesso. Perguntado sobre quem levaria a melhor num hipotético embate entre eles dois, Fávaro tentou primeiramente sair pela tangente, mas depois garantiu que se fosse ele sob a trave, Rafael não teria feito tantos gols neste ano. "O importante é que estamos ambos do mesmo lado. O Rafael fez quase 30 gols no ano e torço para que faça mais. Mas, se fosse eu o goleiro, ele não faria tudo isso não, com certeza. O importante é que é um menino que merece e vai fazer mais gols nestes dois jogos."
Para Rafael, por mais que ele seja o artilheiro do time na competição, com seis gols, e que Fávaro venha sendo uma muralha atrás, de nada adiantaria apenas dois jogadores. O elenco, diz o atacante, é que pode levar o Papão de volta à Série B. "Todos são fundamentais. De quem está jogando a quem não está nem no banco. Todo mundo dá o máximo no dia a dia, porque é um grupo. No que depender de mim, do Fávaro, do Zé e de todos, esforço não vai faltar", garante o jogador, que afirma que, por mais que a função de fazer gols seja dele, o importante é que eles saiam independentemente de quem for o goleador. "Primeiramente vencer. Vencer e convencer é melhor ainda. Mas o que pensamos é em três pontos, seja da forma que for. Estaremos dentro de casa, diante de nossa torcida e muito focados nesse jogo. Eu acredito que vai dar tudo certo."
De acordo com os dois bicolores, o time tem que ter paciência, tranquilidade e, ao mesmo tempo, agressividade para fazer valer o mando de campo depois de amanhã. "Temos que ter paciência. Não podemos nos afobar porque tenho certeza de que os gols vão sair. Respeitamos o adversário, mas em casa temos que mostrar a força do Paysandu", afirmou Rafael. "Não é hora de inventar. Temos que ganhar, não importa o resultado. Faltam dois jogos e o importante é fazermos o nosso papel. Vamos a campo com praticamente a mesma equipe, então, quanto ao entrosamento, não teremos problema", completou Fávaro.
O goleiro do Papão é um dos remanescentes do "Salgueiraço" do ano passado. Daí o discurso que, dessa vez, ele não pode escapar. "Pelo que aconteceu ano passado ficou aquela tristeza enorme. Foi uma decepção sem tamanho, uma tragédia inesquecível. Foi a pior coisa que aconteceu em minha carreira. Estamos tentando conseguir o acesso para dar alegria ao torcedor. Lembro até hoje como foi aquele dia, com todos chorando e sem palavras para explicar. A aminha ansiedade é em dar alegria ao torcedor e colocar o Paysandu num lugar mais digno."
**Fonte JAmazônia
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