Por enquanto, pelo menos por enquanto, o jogo entre Paysandu e Luverdense-MT, marcado para o dia 16, não será mais no Mangueirão. Nem em Belém. Punido ontem na 2ª Comissão Disciplinar do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) em R$ 2 mil de multa e mais a perda de um mando de campo, o Papão terá que mandar sua partida em um estádio que fique no mínimo a 100 quilômetros da capital. Mas, ontem mesmo, momentos após o anúncio da punição, o advogado que representou o clube paraense protocolou o recurso com efeito suspensivo para novo julgamento, dessa vez no Pleno. É esperado para até sexta-feira o anúncio do tribunal da aceitação ou não do efeito suspensivo. Caso ele seja aceito, a partida será mesmo no estádio olímpico. Como esse deve ser mesmo o último jogo bicolor em casa nesse ano, a punição seria adiada para 2012.
Na opinião de Osvaldo Sestário, advogado do Paysandu ontem, houve exagero no resultado do julgamento. Ele alega que a defesa foi cerceada de seus direitos ao não ter tido acesso à prova decisiva de ontem para a punição. "Já solicitei o efeito suspensivo, alegando, inclusive, a venda antecipada de ingressos. Acho que foi um julgamento exagerado. Se basearam numa prova que não estava nos autos, um vídeo do Youtube. Inclusive a defesa não teve acesso prévio a essa prova", confirmou Sestário, que conseguiu livrar o Papão da acusação de invasão de campo. "Essa suposta invasão a campo não teve feito algum. Até porque a pessoa estava credenciada, era um problema para o delegado da partida."
O julgamento de ontem foi referente aos acontecimentos do jogo em que o Paysandu foi derrotado pelo CRB-AL por 1 a 0 no Mangueirão, dia 16 de outubro. No segundo tempo de jogo, quando a arbitragem anulou um gol do bicolor Rafael Oliveira, alguns "torcedores" arremessaram vários objetos na direção do gramado de jogo, na tentativa de acertar em um dos bandeirinhas. O árbitro paulista Sálvio Spíndola pegou uma garrafa pet de dois litros e entregou ao quarto árbitro e relatou tudo em súmula. "Aos 34 minutos do primeiro tempo torcedores que estavam atrás do assistente número 1, local reservado para o Paysandu, arremessaram várias garrafas com água em direção ao árbitro assistente número 1, sr. Sandro do Nascimento Medeiros, não atingindo-o".
O Paysandu foi denunciado pela Procuradoria do STJD no artigo 213 do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva): "Deixar de tomar providências capazes de prevenir ou reprimir desordens em sua praça de desportos. PENA: multa de R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais) a R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) e perda do mando de campo de uma a três partidas, provas ou equivalente quando participante da competição oficial.
**Fonte JAmazônia
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