Bartola debuta “no fogo”

Aos 17 anos, atacante tem chances de começar o clássico como titular. Jogador diz que está pronto.

Na última quarta-feira à noite, após a derrota do Paysandu, por 2 a 1 para o Águia, em Marabá, o técnico Nad foi perguntado sobre qual a razão de o jovem atacante Bartola não ser titular no ataque do Papão, face à inoperância dos integrantes da linha de frente alviazul. Com a serenidade que lhe é característica, o treinador Nad explicou que o jovem atacante Bartola vem de um contato recente com o trabalho entre os profissionais e que terá de "queimar" algumas etapas, em especial na preparação física, e que sua entrada no time desde o início das partidas pode ser prejudicial não só ao próprio jogador como ao time bicolor. "Se começar com o Bartola, vou ter que mudar o time em 20 minutos. Ele ainda sente o trabalho. Ele começou a treinar entre os profissionais há pouco tempo e ainda está se adaptando. Aos poucos está se adaptando à outra realidade e tem que entrar assim mesmo, aos poucos", afirmou o técnico Ronaldo Couto, o Nad.

Mas no coletivo apronto da última sexta-feira, lá estava o jovem Bartola entre os profissionais do Paysandu e permaneceu na equipe até quase o final do treino. A possibilidade do jogador de 17 anos começar o clássico Re x Pa de hoje aumentou consideravelmente, mas ainda não é uma certeza. O que ele garante é que se precisar está pronto para aguentar os 90 minutos. "Eu acho que aguento, sim. Na base acho que é até mais correria. Então dá para aguentar, sim", diz Bartola.

Obviamente, o jogador quer ser titular. Com a sinceridade da juventude, desdenha da pressão e resume o que o time tem que fazer com a simplicidade de quem tem como única preocupação jogar futebol. "Se eu for escalado como titular, vou procurar fazer um bom jogo e os gols. É uma oportunidade de mostrar o meu futebol. Eu acho que isso daí (a pressão) não vai pesar muito para mim, porque o meu pai conversa bastante comigo e eu já estava preparado para isso tudo que está acontecendo agora."

Quando perguntado sobre a idade, o fato de ser o mais jovem em campo e como isso pode influenciá-lo, Bartola dá de ombros. Garante que isso não o preocupa. Para ele, a condição que tem em campo é a mesma dos mais veteranos. Ele quer é jogar. "Garoto é uma palavra de idade, mas no futebol eu acho que a cabeça já está boa para eu ser tratado como um homem."

**Fonte JAmazônia