Antes do apito inicial do clássico do clássico que terminou 2 a 0 para o Paysandu, a festa era toda azulina. A torcida era mais numerosa no Mangueirão - não tanto quanto se imaginava - e os gritos de ordem e xingamentos aos rivais eram mais audíveis. No entanto, a mal sucedida tentativa de formar um mosaico deu as caras na arquibancada pouco antes do início do jogo e parecia ser um sinal do que vinha a seguir. Do primeiro ao último minuto os remistas, numa proporção de três para dois bicolores, ficaram calados diante da minoria ruidosa. Reflexo do que acontecia em campo, com o Papão sendo superior do começo ao fim, mostrando mais vontade, mais qualidade e objetividade. O placar final foi pouco pelo que fez em campo o time bicolor.
O clichê dos clássicos dá conta que nesses jogos as forças se igualam, que o fraco se fortalece e equilibra o que antes era dada como barbada. Os poucos dias antes do Re x Pa que quase foi esvaziado pela FPF foram de azulinos comemorando e bicolores calados. Não era para ser diferente. O Remo liderava a competição, estava invicto e vindo finalmente de uma boa atuação, o empate com o forte Cametá, ao passo que o Paysandu tinha quase um terço dos pontos, perdera três das quatro partidas anteriores e com várias mudanças. Mas, o que se viu no Mangueirão só fez reforçar o lugar comum.
O Papão foi tão superior que o único jogador do Leão Azul que se destacou foi o goleiro Jamilton.
Com o final da quinta rodada o Paysandu pode ser considerado como o grande vencedor, mais até que o novo líder, o Águia, que já estava em boas condições. De time desacreditado o Papão foi para a quarta colocação, entrando na zona de classificação para a semifinal e, como disse seu treinador, ganhou outro clima para o restante da competição. "Uma vitória dessas é para dar moral ao grupo, tranquilidade para o trabalho dos jogadores", comentou Nad.
A sexta e a sétima rodadas terão todos os seus jogos nos mesmos dias e horários. A próxima será toda quarta-feira, às 20h30. O Remo encara mais um clássico, contra a Tuna no Baenão. Já o Paysandu vai a Tucuruí enfrentar o Independente no Navegantão.
Nesse domingo o Paysandu dominou ao vencer o duelo do meio-de-campo, com três homens de velocidade e habilidade que anularam os do Remo, que pelo seu lado teve um dia em que além da felicidade do rival contou com atuações apagadas de todos os de quem poderia se esperar alguma coisa. Para a felicidade de Nad, os estreantes Douglas e Kariri foram muito bem.
Mesmo com vários destaques que seria injustiça escolher apenas um nome, não tem como deixar de citar a presença de Héliton. O atacante vinha de duas partidas de fora por causa de uma lesão e simplesmente detonou o clube que o revelou nos 45 minutos finais em que esteve em campo. Logo aos 30 segundos do segundo tempo ele deu um "drible da vaca" em Diego Barros e ganhou na corrida de Felipe baiano para cruzar para o meia Leandrinho escorar para o gol. Aos 41 ele recebeu de Robinho, mais uma vez pela direita, invadiu a área e tocou no canto oposto do goleiro Jamilton.
**Fonte JAmazonia
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