O domingo de chuva e muita ventania em Belém até tentou estragar a bela festa dos mais de 33 mil torcedores de Remo e Paysandu que compareceram ao clássico disputado ontem, no Mangueirão. Mas a paixão das duas nações é tamanha que resistiu ao "dilúvio". Desde a abertura dos portões do estádio, o clima de rivalidade estava presente. Foi o maior público nos jogos de domingo no Brasil.
Em maior número, e contando com a permissão para adentrar ao estádio com faixas e sinalizadores, os azulinos faziam muito barulho. Mas os bicolores tentavam responder no mesmo volume, com a força dos gritos de guerra, que eram entoados sem parar. Nenhuma briga entre torcedores de Remo e Paysandu foi registrada nas cercanias do estádio ou em seu interior, respeitando o clima de paz proposto pelos atletas das duas equipes durante a semana, por meio das mídias sociais.
Antes da partida, o clima de otimismo contagiava os torcedores. O comerciante Ulysses Ferreira, 53 anos, acreditava em uma vitória remista por 2 a 0. "Não tem nada pro Paysandu neste ano. Vamos ganhar o título com tudo o que temos direito, incluindo a vitória no Re x Pa de hoje (ontem)", previa o otimista torcedor azulino.
No lado alviceleste, o bancário José Luiz Carvalho Júnior, 37 anos, além de apostar em uma vitória do Paysandu por 2 a 1, destacou a importância do maior clássico do futebol paraense. "O Re x Pa é o ponto alto do nosso futebol, independentemente de ser um jogo decisivo ou não. Além disso, ganhar deles é bom demais", provocava o bicolor.
O que ambos não previam é que o otimismo de antes da partida daria lugar à frustração ao final do clássico. Resultado de um jogo de baixo nível técnico, no qual o bom futebol naufragou em meio ao temporal que desabou na tarde de domingo.
Esquema - De acordo com o Governo do Estado, dois mil homens do Sistema de Segurança Pública do Pará foram mobilizados para o policiamento dentro e fora do Mangueirão, garantindo a tranquilidade dos torcedores que acompanharam a partida. A operação contou com 800 policiais militares e 1.200 agentes de segurança.
Responsável por comandar todo este efetivo, o major Sandro Queiroz, comandante do 20º Batalhão da Polícia Militar, explicou que o esquema de segurança funcionou em três etapas. "Antes da partida os policiais fiscalizaram os principais acessos ao Mangueirão. No final do clássico, a dispersão dos torcedores também foi acompanhada pelos agentes de segurança. Com o apoio dos comandos intermediários, o patrulhamento foi realizado a pé, por viaturas, motocicletas e cavalaria".
**Fonte JAmazonia
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