A festa estava armada. Os torcedores compareceram e deram aquele show tradicional. Os jogadores estavam ansiosos para participar do clássico mais disputado do Brasil e os garotos das categorias de base que ganharam a oportunidade de jogar este Estadual queriam honrar a camisa com o mais puro suor. Porém, o grande destaque da partida foi a chuva.
De forma inacreditável, quase de que de propósito, uma tempestade se formou minutos antes de a bola rolar, caindo um verdadeiro aguaceiro no Mangueirão. A chuva foi tamanha que, em plenas quatro da tarde, os refletores do estádio tiveram que ser ligados. Mesmo assim, o árbitro da partida, Dewson Fernando de Freitas da Silva, autorizou o início do espetáculo. Entretanto, quem foi ao Mangueirão pôde até inventar o nome do novo esporte apresentado, pois, naquelas condições, o futebol, com certeza, não foi jogado.
E Dewson, que já havia consultado os capitães das equipes, tomou partido da situação, interrompendo o jogo para esperar que a intensidade da chuva diminuísse e que a drenagem do estádio funcionasse.
Em cinco minutos de espera, a chuva diminuiu o bastante para que a partida fosse reiniciada, mas, como todos viram, o estrago estava feito. O gramado virou lama. Ruim para os jogadores, que não puderam colocar em prática um bom futebol, prevalecendo a marcação dos zagueiros e volantes. E foi ruim também para o torcedor, que mais uma vez compareceu ao estádio, mas teve que se contentar com o insosso empate sem gols.
Só melhorou no final
Para quem foi ao estádio acompanhar o clássico-rei da Amazônia de forma mais criteriosa, analisando a composição tática, o posicionamento das equipes dentro de campo e o rendimento de cada atleta, deve estar quebrando a cabeça até agora, porque a tempestade que caiu em Belém ontem à tarde inviabilizou todo o trabalho realizando durante a semana visando o jogo.
Para quem foi ao estádio acompanhar o clássico-rei da Amazônia de forma mais criteriosa, analisando a composição tática, o posicionamento das equipes dentro de campo e o rendimento de cada atleta, deve estar quebrando a cabeça até agora, porque a tempestade que caiu em Belém ontem à tarde inviabilizou todo o trabalho realizando durante a semana visando o jogo.
De proveitoso mesmo, no primeiro tempo, ficou a imponente posse de bola do Clube de Remo, além do excelente posicionamento dos homens do meio-campo, que pegaram quase todas as segundas bolas, lances de rebotes ou tiradas de bola da área. Outro ponto positivo azulino que marcou foi nos escanteios. Cobrados por Betinho, o atacante Reis se antecipava ao marcador no primeiro poste, desviando a bola e levando perigo à meta do goleiro do Paysandu, Paulo Rafael. Pelo lado bicolor, o destaque foi negativo. O meio-campo alviceleste não soube trabalhar com a condição adversa, sendo dominado facilmente.
Na etapa complementar, depois que a chuva deu um tempinho, esboçou-se uma partida um pouco mais técnica, já que o gramado do Mangueirão reuniu as condições mínimas para que a bola fosse tocada e que se trabalhasse em velocidade. E por isso, neste ponto, o Paysandu se saiu melhor que o adversário, tendo três grandes oportunidades de sair na frente no placar. O Remo só foi melhorar quando o treinador Flávio Lopes tirou o homem de área, Fábio Oliveira, e colocou dois atacantes rápidos, Joãozinho e Jayme, e também com a entrada de Magnum, dando maior toque de bola e velocidade nos contra-ataques. Tanto que o atacante Joãozinho perdeu a melhor chance de gol criada pela equipe azulina aos 38 da etapa final.
Em suma: O torcedor azulino que foi ao estádio gostou muito do futebol apresentado pelo Clube do Remo, mais organizado e com jogadas coesas. E o torcedor bicolor saiu aliviado; depois de ter visto um primeiro tempo lamentável, veio o segundo tempo e o time subiu substancialmente de produção, conseguindo arrancar alguns “UH!” da arquibancada.
**Fonte Diário do Pará
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