Nos seis anos em que disputa a Série C do Campeonato Brasileiro, o Paysandu morreu na beira da praia nas três últimas temporadas. Deixou o acesso escapar por um jogo. Coincidência ou não, de 2009 para cá o elenco chegou a esse último compromisso com problemas de salários atrasados, o que gerou uma sorte de especulações que foram de corpo mole a simples mal estar dentro do elenco. Na véspera do primeiro dos dois jogos que decidirão mais uma vez a ida para a Série B, mais uma vez o elenco está com os salários atrasados. A promessa da diretoria é que hoje, data da viagem a Paragominas, o mês de agosto será pago, oficialmente o único mês atrasado.
'Vamos pagar um mês e já acertamos isso com os jogadores. Como o banco só abre às 10 horas, quem viajar recebe por lá e quem ficar recebe por aqui mesmo', afirmou o presidente Luiz Omar Pinheiro. Jogadores e comissão técnica viajam às 9 horas. O confronto com o Macaé, o primeiro do mata-mata decisivo, será depois de amanhã, na Arena Município Verde.
Segundo o dirigente, será ele o responsável pelo pagamento de 70% do mês de agosto, o que ele diz que falta pagar. Pinheiro afirmou que foi feita uma tentativa de arrecadar fundos com bicolores, mas a 'sacolinha' voltou praticamente vazia. A saída foi quebrar uma promessa de outrora e usar do próprio dinheiro para quitar a dívida. 'O dinheiro todo de uma folha vai sair do bolso do presidente. Nessa hora não apareceu ninguém para ajudar.'
Entre os jogadores, há a garantia que em nenhum momento houve o pensamento de não viajar antecipadamente a Paragominas caso não houvesse o pagamento, o que foi especulado nos últimos dias. 'Conversamos, mas não teve essa história de gente não querendo viajar. Estamos muito unidos e sabemos das dificuldades que a diretoria está tendo. Contamos que eles possam resolver isso o mais rápido possível para termos mais tranquilidade', disse o meia Leandrinho.
No entanto, o presidente admitiu que a quebra da promessa de não injetar o próprio dinheiro no clube partiu do temor que os episódios dos anos anteriores se repetissem. Mesmo sendo uma quantia considerável, ele afirmou que não teve alternativa a não ser essa. 'Havia esse temor, é claro. Já coloquei tanto dinheiro aqui que, nesse momento, seria imprudente não colocar mais R$ 200 mil. Ninguém é obrigado a dar dinheiro para o Paysandu, mas o momento é de sacrifício', confirmou Pinheiro.
**Fonte JAmazonia
Nenhum comentário:
Postar um comentário