O placar elástico se desenhou desde o princípio. O Paysandu começou ditando o ritmo, sem dar espaço ao Treze, que, na dúvida, se fechou na retaguarda. Thiago Potiguar foi o primeiro a tentar transpor a barreira do Galo, mas um esbarrão o tirou da jogada e o árbitro mandou seguir. O árbitro catarinense, diga-se de passagem, foi criticado, mas não influenciou o resultado do jogo.
O gol teve efeito positivo e o time não baixou o ritmo. Kiros por pouco não marca de novo após outro cruzamento. Sendo assim, o técnico Marcelo Vilar sentiu o baque e tirou Assis e colocou Cristian, o melhor jogador do Treze em campo. Mas o domínio bicolor era evidente. Aos 43, Thiago Potiguar fez bela jogada individual e cruzou rasteiro para o ‘gigante grego’ ampliar. Paysandu 2 a 0.
Na segunda etapa, de cara, o susto. Aos 3 minutos, Aderlan cruza rasteiro para Júlio Zabotto completar, 2 a 1. A partir daí, o jogo equilibrou e o técnico Lecheva fez a primeira mudança. Sai Kiros e entra Rafael Oliveira, autor de dois gols. Um aos 24 minutos, depois de limpar, com um drible, zagueiro e goleiro para o chute colocado. Antes do segundo, Moisés deixou o dele, em rebote de Leandrinho, na grande área. Já nos acréscimos, Rafael Oliveira fechou a conta e o placar. Paysandu 5 a 1.
‘Desarranjo’ teve efeito contrário
O fato mais inusitado do jogo por pouco não coloca em risco o restante do campeonato para o time bicolor. Horas antes de chegar ao Mangueirão, cerca de oito membros da delegação, incluindo vários jogadores e comissão técnica, tiveram uma indisposição intestinal grave, sendo tratados a base de soro fisiológico para recompor urgentemente a saúde dos jogadores. De acordo com informações, a causa da “tarde de rei”, teria sido uma comida estragada servida ao grupo, entre a noite anterior e o almoço. O fato será apurado nos próximos dias.
“Foi uma situação complicada. Muito jogadores passaram mal e tivemos receio das coisas piorarem, mas graças a Deus deu tudo certo e já passamos a situação para o presidente tomar as medidas cabíveis”, disse um membro da comissão técnica à Rádio Clube. O mal estar afetou, entre outros, o técnico Lecheva, os jogadores Kiros e Thiago Potiguar, que pediu para sair e correu em direção ao banheiro.
“Todos me passaram confiança na hora de escalar o time”, disse o treinador, que teve a prova de superação dos atletas em campo.
Ao final, o que era preocupação, chegando inclusive a por em xeque a cozinheira do grupo, acabou se tornando piada e um motivo a mais para comemorar a vitória em grande estilo. “A cozinheira do clube tem que permanecer com a gente. Eu nunca vi esse tipo de coisa acontecer no clube”, afirmou o meio campo Vanderson.
**Fonte Diário do Pará
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