Vandick é o novo presidente

Vandick será o responsável por guiar o Paysandu a novos rumos pelos próximos dois anos. Com uma diferença de 201 votos (sua chapa obteve 479 votos contra 278 da Centenário), ele foi eleito para o biênio 2013/2014 e promete reestruturar o clube e sanar dívidas, além de conduzir o Papão à Série A do Campeonato Brasileiro. Victor Cunha, derrotado no pleito, se dispôs a ajudar a nova gestão.

Já era próximo de seis horas da manhã de ontem quando o resultado oficial das eleições do Paysandu, realizadas de maneira direta pela primeira vez em 98 anos, foi anunciado. O resultado também foi inédito: Vandick, um ex-jogador e ídolo do clube, que viveu a melhor fase alviceleste nos campos, foi o vitorioso.

Depois de 38 anos, A chapa Novos Rumos foi a primeira de oposição a vencer um pleito no clube. "’É uma responsabilidade imensa sair do campo, onde fui tão feliz no Paysandu, para a presidência. Sei que também, pelo que fiz pelo clube como jogador, minha missão é difícil, mas nós nos preparamos para isto e só tenho a agradecer a todos que me apoiaram", disse ele, que recebeu o inusitado apoio do candidato derrotado.

Mas entre os apaixonados torcedores do Paysandu, o sentimento era o de vitória geral da instituição quase centenária. Na Curuzu, que ontem recebeu o Encontro de Craques do Passado e Dirigentes e Amigos do Paysandu, os comentários sobre as eleições sempre vinham em tom esperançoso. "Votei no Paysandu", disse o ex-jogador Carlos Alberto da Silva, o Beto, organizador do evento e sócio atleta benemérito do clube. "Independente de quem ‘está’ presidente do Paysandu, não podemos esquecer que o atual presidente nos deixou um grande calendário como legado", disse, referindo-se ao acesso à Série B.

Opinião semelhante teve o ex-jogador e ídolo Quarentinha. Ele admitiu o voto na chapa Novos Rumos, e pautou suas expectativas sobre o espírito colaborativo que percebe entre os núcleos políticos alvicelestes. "Agora é a hora da renovação do clube, mas isso deve ser feito sem que o mérito da atual administração seja tirado. Até porque o Luiz Omar (presidente até o dia 6 de janeiro) trabalhou praticamente sozinho, e ainda assim conseguiu grandes marcas. Parabenizo o Victor Cunha pela atitude de se colocar à disposição para ajudar", disse.

**Fonte JAmazonia