segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Foi um Bombardeio bicolor

Diante do Tapajós, o Papão mostrou sua força e goleou, encerrando com 100% a 1ª fase do Parazão

A goleada do Paysandu sobre o Tapajós, ontem à tarde, por 4 a 1, poderia ser a história de dois atacantes buscando um gol salvador. No estádio da Curuzu, o atacante Moisés, ex-Paysandu, queria marcar pelo time santareno, já sem perspectiva de classificação, em partida contra o clube que o revelou. Mas não conseguiu. Também era a luta de Betinho por um gol que lhe assegurasse uma posição de titular na equipe, mas que escapou por todo o jogo. A história de ontem, na última rodada da fase classificatória da taça Estado do Pará, primeiro turno do Parazão, foi a de um qualificado bombardeio bicolor em bolas paradas: os dois primeiros foram de cabeça. Finalizando o primeiro turno em primeiro no grupo A2, o Paysandu joga a semifinal contra o Águia de Marabá, segundo do grupo A1. Por ter a melhor campanha do torneio, o Papão joga no próximo domingo (28): a Fiel vai visitar o Mangueirão pela primeira vez este ano.
O Paysandu iniciou a partida mostrando seu arsenal de jogadas ensaiadas, lançando a bola da defesa ao ataque nos primeiros segundos de jogo. O time deixava claro que ia para cima, queria uma goleada. Mas, nos primeiros minutos, foi afoito. Com linhas adiantadas, a equipe bicolor deixava brechas que por pouco não foram exploradas pelo Boto. Em mais de uma ocasião, Emerson teve que sair do gol na função de líbero para eliminar os lançamentos do Tapajós. 
Passada a agonia do início do jogo, aos 7 minutos, Betinho sofreu falta na lateral esquerda. O lançador Celsinho foi para a bola. Pelo alto, Raphael Luz apareceu para marcar 1 a 0, aos 8 minutos, seu segundo gol pelo Papão – o segundo de cabeça. O gol deu calma para o Paysandu começar a trabalhar suas jogadas.
Mas o time santareno também marcava forte no meio de campo. Apesar de ter um melhor toque de bola, o Paysandu sentia dificuldade para trabalhar no campo do Tapajós, que se posicionava bem. O Paysandu, então, recorria a sua arma, aproveitando as bolas paradas – todas nos pés de Celsinho. Aos 23 minutos, o time alviazul teve mais uma boa chance com jogada pela lateral esquerda e bom chute de Celsinho, espalmado pelo arqueiro do Tapajós. 
O Papão foi para cima, com sua esquadrilha a bombardear o Boto. Em mais um cruzamento de Celsinho – sempre ele –, Gilvan colocou a cabeça para ampliou o placar, aos 31 minutos do 1º tempo. No outro lado do campo, quem buscava um gol era o atacante Moisés, ex-ídolo bicolor. E, na jogada seguinte, Moisés chutou cruzado e rasteiro, na medida, mas Emerson segurou o tiro quase indefensável. Aos 2 a 0, o Papão foi para cima. Neste ritmo, aos 35 minutos, em boa jogada pela lateral direta, contra-ataque conduzido por Ricardo Capanema: Fabinho Alves recebeu, esperou o goleiro do Boto desabar esperando o cruzamento e chutou direto: 3 a 0. A promessa de goleada se cumpria.
No último minuto da primeira etapa, o Tapajós deu sinais de reação num cruzamento rasteiro da esquerda com Léo Carioca. O atacante Rafael Tanque passou da bola, mas Bené assegurou o desconto do Tapajós. Era gol do Boto: 3 a 1. E o jogo ficou aberto. Na jogada seguinte, em novo cruzamento, o atacante Betinho foi puxado, lutou para se desvencilhar e conseguiu cabecear, a bola ricocheteou e quase foi morrer no gol. A bola, porém, sobrou para Celsinho empurrar para dentro e se isolar da artilharia do Papão com três gols: 4 a 1. Era o final do primeiro tempo. Só faltava o gol do Betinho. Na saída para o intervalo, ele ponderou. “O importante é que a equipe está marcando gol.”
Pelo lado do Paysandu, a volta do intervalo teve uma substituição em função de um choque. Ainda aos 39 minutos do primeiro tempo, o zagueiro bicolor Pablo e o atacante Moisés trombaram na área do Papão, cabeça com cabeça, trazendo para o campo os departamentos médicos de Tapajós e Paysandu. Moisés não saiu de campo, mas Pablo foi à lateral para ser atendido pelo DM do Paysandu. Flávio logo foi para o aquecimento e substituiu Pablo na entrada do segundo tempo. O Boto não se entregava: adiantou o time e viu resultados. O Papão ficou acuado, tendo que jogar com o goleiro Emerson, novamente como líbero. Pelo Paysandu, mais uma bola de Betinho que não entrava, desta vez num chute na entrada da área.
Celsinho distribuía a bola no time, mas era eficiente mesmo nos bons cruzamentos. Em mais um deles, Betinho cabeceou no rumo do gol, mas a bola resvalou em Gilvan e saiu. Não era o dia. Aos 11 minutos, a arbitragem foi permissiva, o jogo ficou violento. Celsinho driblou, levou falta forte de Thayson, mas o árbitro não marcou. Nas jogadas seguintes, faltas se sucederam até que o capitão do time santareno, Thiago Costa, que já tinha amarelo, cometesse falta forte. O árbitro, que não marcou a primeira falta, teve então de expulsar Thiago. Celsinho saiu de campo sem uma das chuteiras e retornou alguns minutos depois. Thayson recebeu amarelo, apenas. Essa foi o momento mais quente até os 15 minutos da segunda etapa.
Preocupado com os cartões, Dado Cavalcanti tirou Celsinho, que saiu aplaudido pela torcida, para dar lugar a Bruno Veiga. E veio a última substituição: depois de uma arrancada, aos 27 minutos, Fabinho Alves pediu para sair. O resultado elástico esfriou o jogo. Mas a torcida levantou para gritar quando Vélber atravessou o campo. A Fiel se ligou. E cantou: o Risadinha voltou! O meia Vélber entrou em velocidade sob os gritos da torcida. Mesmo com um a menos e com algumas jogadas de ataque, o Paysandu era bem menos eficaz. Por volta dos 35 minutos, porém, ficou tudo igual. O zagueiro Flávio se sentiu mal e saiu. Como já estava com as três substituições, o Papão ficou com dez. Foi o último ato. Aos 48 minutos, o torcedor deixou o estádio. Betinho e Moisés não converteram nenhum gol. Mas ficou claro: vem artilharia pesada da esquadrilha bicolor.
**Fonte JAmazonia

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