A fase do Paysandu parece mesmo ter mudado. Sem jogar um bom futebol, o time conseguiu superar a maior posse de bola do Águia e virar, nos minutos finais, a partida de ontem no Mangueirão, disputada sob um dilúvio. Os 2 a 1 garantiram ao Papão a quarta colocação e motivação extra para o clássico contra o líder Remo, no próximo domingo. Já o Águia permaneceu estagnado na sexta colocação. O Azulão vai tentar se reabilitar contra o Cametá, no sábado, em Marabá.
O público foi fraco, e nos minutos iniciais uma tempestade - das três em diferentes momentos do jogo - desabou e começou a castigar o gramado do Mangueirão. O jogo, então, parecia uma pelada, com muitos erros de passe. Quem parecia sentir mais era o Paysandu, que começou o jogo sonolento e foi dominado pelo Águia. Mas em dois lances isolados, os bicolores mostraram que a maré de azar faz parte do passado e agora comemoram a semana livre para pensar só no Re x Pa.
Mas a emoção do jogo demorou para começar. E muito. Só a partir de dez minutos de jogo os times começaram a visitar as áreas rivais. O Águia com mais frequência, e quase sempre aproveitando os espaços deixados pelo lateral esquerdo Bray. Em uma das ocasiões, Léo Rosa deixou o 6 bicolor para trás e cruzou para Branco, de peixinho, abrir o placar e traduzir em gol a superioridade dos visitantes.
O gol acanhou ainda mais o Papão, que não conseguia criar jogadas. Thiago Potiguar e Kariri, destaques no último jogo, não conseguiam articular, deixando o Paysandu dependendo da sorte. A sorte, aliás, parecia do lado do Águia quando Alan salvou, no susto, a bicicleta de Yago Pikachu. Minutos depois, porém, o lateral levantou a bola na área em cobrança de falta e o não desvio por atacantes e zagueiros a fez encontrar o destino no fundo do gol.
No segundo tempo, o Paysandu voltou com uma alteração: Neto na vaga de Robinho. Mas o futebol permaneceu fraco, ainda mais com a chuva reforçando a intensidade. E novamente o Águia teve o domínio do jogo e até chances claras de marcar. Em uma delas, Paulo Rafael fez um milagre na cabeçada de Charles. Em seguida, o goleiro bicolor catou borboletas em cobrança de falta e viu Pablo salvar em cima da linha uma bola que, sem chuva e campo pesado, entraria.
Tanto sofrimento do Papão seria compensado pelo corajoso Neto. O volante, que entrou na segunda etapa, já havia tentado um chute improvável da intermediária, de perna esquerda, e isolou a bola. Na segunda oportunidade, recebeu de Leandrinho, levou a bola para o pé direito, o bom, e acertou o ângulo de Alan, dando ao jogo fraco tecnicamente um lance de brilhantismo.
O Paysandu ainda teria chance de fazer o terceiro, com Heliton, em uma bola que raspou a trave. Mas não era necessário: o 2 a 1 garantiu ao time ascender, em duas rodadas, à vice-lanterna ao G4.
**Fonte JAmazonia
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