domingo, 17 de junho de 2012

Treinador Roberval Davino não esconde que indefinição já dá nos nervos de todos na Curuzu


Uma vez por semana o técnico Roberval Davino concede entrevista coletiva na Curuzu sobre o andamento da preparação do Paysandu visando a Série C. Já era para ele ter falado sobre quatro rodadas, mas por conta do imbróglio jurídico que impede o início da competição ele vem deixando num aspecto secundário o lado esportivo, falando mais em como motivar o elenco diante do calendário ainda sem jogos, das informações ruins que recebe dos conhecidos em outros clubes e até na CBF e, por último, da atuação para impedir a perda de alguns de seus comandados. É evidente a irritação do treinador com a situação. A ansiedade que permeia o elenco já acertou em cheio ao comandante.

"Isso acontece no pior momento possível", diz. "Passamos por uma situação em que se imaginava que o futebol brasileiro começava a se moralizar e a se organizar. Depois de muitos anos as Séries C e D passarão a receber a devida atenção da CBF e estamos a dois anos de uma Copa do Mundo. Mas, o ‘jeitinho’ ainda dá suas caras e quem sofre com isso é a camada mais baixa do futebol."

A semana que começa hoje vive a expectativa que amanhã tudo seja resolvido. Nenhum sentimento diferente dos dias que se passaram recentemente, mas parece que dessa vez o nó será desatado. Após uma tardia atuação da CBF, os quatro clubes rebeldes (Treze-PB, Brasil de Pelotas-RS, Rio Branco-AC e Araguaína-TO) devem encontrar um entendimento, nem que seja à força, para que as competições iniciem.

Experiente, aos 58 anos, Davino prefere dar uma de São Tomé e esperar para ver. " Trabalhar dessa forma é lamentável. Qualquer coisa que se falar antes de se saber quando vai competição começar não vale nada, é fofoca. Nem adianta ficar conversando sobre isso", afirma o treinador, que reconhece que até ele já começa a sentir as dores da incerteza. "Claro que também afeta a mim. Afeta o elenco, a diretoria, todo mundo. A gente está nessa expectativa. Continuamos trabalhando forte, mas é diferente não ter essa adrenalina do jogo".

**Fonte JAmazonia

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