Para uns, um irmão. Já para outros, um “paizão”. Muita gente não entende o que Lecheva fez de diferente de Roberval Davino e Givanildo Oliveira, os dois últimos treinadores do clube na Série C, para que o time engrenasse na reta final da competição. Ricardo Mendes Nascimento, ou simplesmente Lecheva, está com 38 anos e largou as chuteiras em 2009, no próprio Paysandu. Pode estar ai o segredo. O treinador sabe conversar com os atletas, põe seu lado “boleiro” quando é preciso. Porém, o comandante revelou que, pela primeira vez, teve que ser rígido com o grupo bicolor.
– O intervalo foi até um pouco mais áspero da minha parte. Eu via que a equipe estava querendo a vitória, mas por meios errados. Houve até momentos de discussão dentro de campo. Disse que a gente estava entrando na catimba do Macaé. Coloquei apenas que não estávamos sendo o Paysandu dos outros jogos. A partir do momento que colocamos o lado coletivo na frente do individual, a união, realmente uma família, as coisas voltaram a dar certo. Os gols e as oportunidades acabaram saindo – comentou.
Bastante aplaudido e tendo o seu nome entoado pelos torcedores que compareceram ao Estádio Arena do Município Verde, Lecheva sabe que tem em mão a oportunidade de tirar o Paysandu da Série C, torneio que disputa desde 2007. Por isso, não deixou de reconhecer o esforço do torcedor em sair de Belém e enfrentar inúmeros problemas para chegar à Paragominas, local da partida.
– Antes da partida eu falava que não tínhamos dúvidas do apoio incondicional da torcida, tanto a que veio de Belém, como a daqui da cidade. Passei na preleção a luta do torcedor para chegar aqui. Ter que passar por engarrafamento, mais de cinco, seis horas de viagem pegando van e, às vezes, até rachando gasolina. Então a gente tinha que fazer valer esse esforço do torcedor e não resta duvida que os jogadores lutaram com alma e coração para superar o adversário e proporcionar alegria para a nossa torcida – explicou.
**Fonte GloboEsporte/PA
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