domingo, 25 de novembro de 2012

Papão prestes a fazer história em suas eleições


Pela primeira vez na história do futebol paraense, talvez do Norte do Brasil, um clube vai experimentar o processo democrático na escolha de seu gestor. Um processo transparente, onde a livre concorrência e escolha serão as principais ferramentas que conduzirão o futuro do Paysandu Sport Club nos próximos dois anos. O dia 30 de novembro ficará marcado como o dia em que o sócio, injustamente abandonado durante os anos, finalmente terá voz e vez.
Duas correntes estão na luta pela presidência bicolor, e ambas acumulam, entre seus pares, serviços prestados à comunidade bicolor. De um lado, a situação é representada pela chapa “Centenário”, encabeçada por Victor Cunha como presidente e Ambire Gluck Paul para vice; e do outro lado, Vandick Lima presidente e Sérgio Serra vice.
Como histórico, a chapa novos rumos tem em seu maior representante um herói da torcida. Vandick participou como jogador, do período de maior glória do time, conquistou grandes campeonatos, como o a Série B de 2001, a Copa Norte e Copa dos Campeões de 2002, e ainda participou da honrosa expedição na Taça Libertadores da América, no mesmo ano.
Victor Cunha vem de uma família tradicionalmente alviazul. Apesar de não ter feito carreira no futebol, acumula seu sexto mandato como vereador e tem contribuição social dentro do Paysandu. Seja quem for eleito, o importante ao final do processo é, sem sombra de dúvida, um marco que inclusive o distancia do maior rival, preso em um emaranhado de discussões a cerca do sistema eleitoral. No total, 1.100 sócios estão aptos a votar, sendo 772 sócios remidos; 301 sócios proprietários e 37 sócios divididos entre ex-presidentes, beneméritos e grande-benemérito.
Victor Cunha é apoiado pelo atual presidente do clube

Em oposição ao atual mandatário está a chapa “Novos Rumos”, que tem à frente o vereador e ídolo da torcida, Vandick Lima, como presidente, e o engenheiro elétrico e professor Sérgio Serra para vice. Diferente da “Centenário”, a plataforma de campanha para convencer os sócios gira preferencialmente em torno da formação de um time competitivo, desde as categorias de base, partindo para o crescimento do futebol, que em consequência alavancará toda a estrutura do clube, possibilitando melhor gerenciamento e desenvolvimento das atividades planejadas.
“Depois que tivermos o terreno para a construção do Centro de Treinamento e conseguirmos de fato construí-lo, vamos formar um bom time, desde as categorias abaixo. Eu imagino que é por aí que passa a reestruturação do clube para voltar a ser grande, como o Paysandu sempre foi e deve permanecer sempre”, entende Vandick, que participou das maiores glórias como jogador do clube, a exemplo do título da Copa Norte (2002), Copa dos Campeões (2002) e a histórica participação na Taça Libertadores, onde venceu o temido Boca Juniors em plena La Bombonera.
O candidato prefere não entrar no mérito da atual gestão, mas afirma que, após os seis anos de Luiz Omar à frente do Paysandu, chegou a hora de renovar os quadros do clube. “Ele já deu sua contribuição no Paysandu. Depois de seis anos, finalmente conseguiu colocar o clube na Série B, mas ele não é candidato e nós temos as nossas propostas, que tenho certeza serem capazes de cumprir para trazer o Paysandu de volta ao cenário nacional”, acrescenta, acompanhando o mesmo pensamento do candidato à vice, Sérgio Serra.
“Essa chapa traz no nome do nosso objetivo. Nós queremos novos rumos. Novos rumos de gestão. Novos rumos de publicidade, novos rumos de respeito ao sócio. Um olhar que temos com carinho é para com os sócios. A razão de tudo existir é o torcedor, que queremos transformar em sócio”, termina. 
**Fonte Diário do Pará

Nenhum comentário:

Postar um comentário