quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Arma é o contra-ataque

Bicolores devem jogar com time fechado para explorar vacilos do rival no próximo domingo

Como uma espécie de mantra, claramente implantado pelo treinador Mazola Júnior, os jogadores do Paysandu já sabem como vão se comportar mesmo a mais de três dias do confronto decisivo contra o Mogi Mirim, válido pela fase semifinal do Campeonato Brasileiro da Série C. A ideia é priorizar o sistema defensivo, povoando os setores de meio-campo e defesa, evitando dar espaços. E com a posse de bola, o Paysandu tentará emplacar um gol, o que significaria, praticamente, a classificação bicolor à final da competição. O Papão ganhou o jogo de ida por 4 a 1 e abriu uma vantagem significativa. Pode perder por até 2 a 0 que, ainda assim, se credencia para disputar o título do Brasileirão.  
Após realizarem um trabalho tático, onde titulares se misturavam com reservas, em um campo reduzido, sob os gritos de Mazola Júnior, dois atletas foram entrevistas e deram pistas claras de como a equipe vai se postar no quarto jogo decisivo, em sequência. “ Eles são rápidos, são jogadores de explosão. Nossa virtude, no jogo anterior, foi não ter dado espaço para contra-ataque. Pelo contrário, nós nos defendemos bem e foi a gente que saiu rápido no contra-ataque”, definiu o volante Lenine.
A postura do Paysandu, embora atuando em casa, envolveu induzir a posse de bola do adversário. No momento em que os bicolores davam o bote, o contra-ataque explorava velocidade e os espaços vazios. A estratégia fez com o que o time construísse, antes dos 25 minutos do primeiro tempo, um placar de 2 a 0. “Foi um jogo atípico. Nem a gente esperava fazer quatro gols na partida. O nosso primeiro gol desestruturou eles, o segundo foi logo em seguida. Mas, o Mogi é um time que merece respeito e não foi à toa que conseguiu o acesso”, continuo Lenine.
Pikachu também falou sobre o ‘modus operandi’ do Papão. De acordo com ele, a estratégia será semelhante a do jogo do acesso, quando o Paysandu bateu o Tupi-MG, por 1 a 0, fora de campo. “Este jogo é uma referência, não só esse jogo, como o do Fortaleza, o Botafogo-PB, quando conseguimos vencer. Eles (Mogi) são uma equipe rápida, e não podemos dar o contra-ataque. Vamos marcar, mas não em cima do goleiro, como a gente diz. Com a posse de bola, tentaremos ser agressivos”, frisou.
Por sinal, além da preparação de ordem técnica e tática, a comissão técnica do Paysandu está atenta aos pequenos detalhes. Ontem, por exemplo, o grupo começou a treinar exatamente no horário da partida do próximo domingo. Como São Paulo adere ao Horário Brasileiro de Verão, o jogo entre Paysandu e Mogi Mirim será disputado às 15 horas de Belém.
O ritmo da movimentação ganha um inimigo a mais: o sol escaldante, habitual da temperatura belenense no início da tarde. “O sol daqui de Belém, às três horas da tarde, é complicado. Não é fácil. Mas é por uma boa causa, a gente vai jogar nesse horário lá, em São Paulo, e é válido esse treino”, defendeu Lenine. Opinião semelhante a de Yago Pikachu. “O Mazola fez o treino às três horas, mas eu acho que aqui é mais quente do que lá. E tava muito quente, muito sol. Acho que isso pode nos ajudar.”
**Fonte JAmazonia

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