Deu tudo errado pro Papão

Confusão nos bastidores e mudanças no time enfraqueceram o Paysandu em campo, sábado. Desafio agora, é reencontrar o equilíbrio para o próximo desafio.

Na partida contra o CRB-AL, no último sábado (25), o treinador do Paysandu, Dado Cavalcanti, surpreendeu. Tudo indicava que Fernando Aguiar seria o dono da vaga de Fahel, vetado em função do desgaste de jogos seguidos. Seria o natural. Meia hora antes do início do jogo, a escalação foi divulgada e causou espanto. A vaga de Fahel seria de Augusto Recife. E, como se não bastasse, mais mudanças ocorreram. Luis Felipe faria a função de lateral direito. E Yago Pikachu seria deslocado para o meio-campo. Já Ricardo Capanema não estava à disposição porque sentiu dores no pescoço. Jhonnatan, cuja característica é oposta à do titular, faria a função de segundo volante.

A ideia de Dado Cavalcanti era impor leveza e toque de bola, sobretudo, no meio-campo. Deu relativamente certo. O Paysandu trocava passes, embora sem se aproximar do gol adversário. Contudo, mal deu tempo da estratégia ofensiva se consumar. Até porque havia o outro lado da moeda...  A equipe sequer esboçava uma marcação a partir do setor de meio-campo. Esse fator sobrecarregou a dupla de zaga, exposta às velocidades de Josa e Kanu. Preocupados, Thiago Martins e Gualberto esqueceram de marcar Zé Carlos. O Paysandu iria ruir facilmente. O centroavante, paradão, de força física, fez os três gols regatianos. Dois no primeiro tempo e outro na etapa final.

“Erramos muito. Não produzimos nada. Tentamos, mas muito aquém”

“Faltou força, brio e o CRB construiu o placar dentro da nossa apatia. O CRB entrou para decidir e o Paysandu jogou uma partida de final de semana”, disse Dado Cavalcanti, sem maiores rodeios. “Fomos muito mal. Jogamos um quarto daquilo que estamos produzindo. Erramos muito. Não produzimos nada. Tentamos, mas muito aquém. O resultado foi ruim, e o rendimento não foi aquilo que esperávamos”, continuou Dado, que foi substituído à beira do campo pelo auxiliar Wilton Bezerra.

O treinador tentou explicar o que planejou para a partida, embora sem sucesso. “Perdemos o Fahel e o Capanema. Sabia que um dos pontos fortes do CRB seria a bola aérea, então, a alternativa seria entrar o Fernando. Mas, utilizei o Augusto Recife. Então, posicionei o Luis Felipe para compensar essa altura”, explicou, referindo-se à bola aérea defensiva.

O primeiro gol do CRB saiu no início do primeiro tempo e em lance de escanteio. “Tomamos um gol na jogada alta deles. Um gol cedo e isso nos abalou. O time estava sem força, sem pegada, sem vibração. Com 2 a 0 contra, ficamos acuados”, analisou Dado.

**Fonte JAmazonia