terça-feira, 28 de julho de 2015

Caveirão vaza do Bicola

Souza rescinde contrato e finaliza uma passagem melancólica no Paysandu

Acabou melancolicamente a aventura de Souza no futebol do Norte, precisamente no Paysandu. O site do clube apontou o desligamento do atleta, sem maiores explicações, limitando-se a uma nota de praxe, garantindo que a rescisão contratual foi um acordo amigável entre Souza e a diretoria de futebol. No meio da tarde de ontem, fotos circulavam pelas redes sociais com o centroavante apanhando um táxi, já saindo de um hotel no bairro do Marco. Há quem diga que Souza se encaminhou à Curuzu, pegou pertences pessoas, despediu-se dos companheiros e, imediatamente, tomou o rumo do aeroporto para voltar ao Rio de Janeiro, sua cidade natal.
O retorno imediato, sem falar com a imprensa, prova que o Caveirão estava incomodado com a falta de gols e, consequentemente, com o excesso de críticas. Em cinco meses de Paysandu, Souza marcou um mísero gol em uma partida emblemática e fácil, que foi contra o São Francisco, de Santarém, pelo Parazão de 2015. Foram 20 jogos com a camisa bicolor, cinco como titular. Souza não se esquivou da pressão, porém. Em geral, aparecia para jogar, tabelar e fazer o papel de pivô. Está em perfeita condição atlética. Faltou, porém, o principal: gols.
Artilheiro em clubes do porte do Flamengo-RJ e do Bahia-BA, Souza foi contratado cercado de expectativa positiva, como admitiu o próprio treinador Dado Cavalcanti, que avaliou e deu o aval para a sua aquisição ainda no primeiro semestre. “A expectativa que foi feita... Falei com ele em algumas oportunidades. O Souza não veio para compor o elenco. Esperávamos que o Souza fosse o diferencial. E por mais que ele batalhasse, não houve malandragem, não houve sacanagem, diga-se. Infelizmente, não teve retorno”, admitiu Cavancati.
O desligamento de Souza vai impactar a folha salarial do clube. O salário do atacante beirava R$ 40 mil. Ele tinha um contrato até o final do ano, mas aceitou receber o salário do mês vigente e assinou a rescisão do vínculo. A essa altura, resta lembrar o que poderia ter mudado o final lamentável da relação entre Souza e o Paysandu. “Se aquela bola, contra o CRB, o gol fosse validado, talvez, mudasse o contexto do jogo e da própria passagem dele por aqui. Não deu certo aqui. Ele se esforçou muito. Mas é isso”, frisou Dado Cavalcanti. Souza fez um gol, de coxa, na última partida, mas um movimento acintoso com a mão direita enganou o árbitro que invalidou o tento.
**Fonte JAmazonia

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